Uiliam Michelon
terça-feira, agosto 08, 2017
O acordeonista Uiliam
Michelon Bizotto nasceu em 3 de abril de 1982 em Vacaria. Ele vem se
destacando há anos tocando o acordeom cromático e também como compositor. Além
disso, ele trabalha como professor de música.
Através da música instrumental, Uiliam Michelon faz questão de tentar minimizar o conceito de que o acordeom só serve pra tocar música gaúcha. Suas influências além da música gaúcha são jazz, bossa nova, choro, The Beatles e tango.
Através da música instrumental, Uiliam Michelon faz questão de tentar minimizar o conceito de que o acordeom só serve pra tocar música gaúcha. Suas influências além da música gaúcha são jazz, bossa nova, choro, The Beatles e tango.
Atualmente, Uiliam está com o projeto Uiliam Michelon Quarteto, formado por Uiliam Michelon (acordeon), Gleidson
Dondoni (bateria), Everton Hoffmann
(baixo) e Thiago Carlotto (violão).
Nesta quinta-feira, dia 10 de agosto o projeto Uiliam Michelon Quarteto irá se
apresentar na Casa do Povo em Vacaria.
Uiliam Michelon concedeu entrevista ao blog Repórter
Riograndense fala sobre a sua
trajetória musical.
No final do texto vocês poderão acompanhar o clipe da música Melodia Noctívaga de autoria de Uiliam Michelon.
Já participou de vários festivais como FEMUCIC 2017 (Maringá,
PR), Rodeio Internacional de Vacaria, Festival Cante uma Canção em Vacaria,
Sapecada da Canção Nativa (Lages, SC), Carijo da Canção (Palmeira das Missões, RS),
Manoca do Canto Gaúcho (Santa Cruz do Sul, RS), Nevada da Canção (São Joaquim, SC),
Ronco do Bugiu (São Francisco de Paula, RS), Festival Nativista Baqueria de Los
Piñares em Vacaria, Festival Canto do Charão (Muitos Capões, RS), Festival o
Rio Grande Canta Zé Mendes (Esmeralda, RS), Festival da Música Instrumental
Gaúcha (Pinhal da Serra, RS).
Como você começou na música?
Aos 11 anos, vi uma apresentação de CTG e me interessei muito pelo acordeom. Falei para minha mãe e, como morávamos no bairro Jardim dos Pampas, ela me levou para ter aulas com o professor Firmino Campos, que dava aulas e residia naquele bairro.
Quem é sua maior inspiração na música?
São tantos os nomes que me influenciam e inspiram, mas atualmente posso citar como principais o acordeonista Raul Barboza, o bandoneonista Astor Piazzolla e o violonista Paco de Lucia. Além deles, uma grande fonte de inspiração e o responsável por eu seguir em frente nos estudos de música é o professor João Maria Pinheiro da Rosa.
Em quais grupos e/ou artistas que tocou junto?
Atualmente, toco com o cantor caxiense Fabio Soares e com o
cantor lageano Adriano Posai. Com ambos, gravei cinco discos. Aqui em Vacaria,
já toquei com os cantores Ana Paula Chedid, Cassiano Paim, Eduardo Ferreira e
Cris Hoffmann. Um trabalho importante que também tivemos aqui foi o Trio 3 de
Paus, com os colegas e amigos Julio Cesar (Baixo) e Tiago Magrin (Bateria), com
os quais fizemos uma participação especial junto a orquestra Camerata de
Florianópolis, na Casa do Povo.
Fala o estilo do acordeom cromático e a diferença entre o
acordeom de teclas e a gaita-ponto?
O acordeom cromático, como a gaita ponto (tecnicamente
chamado de acordeom diatônico), é construído com botões para ambas as mãos,
diferente do acordeom piano que possuí um teclado de piano para a mão direita.
A diferença do acordeom cromático para a gaita ponto consiste além da extensão
de notas, no fato de que a gaita ponto, quando se toca um botão, ao abrir o
fole, esse botão emite uma nota e ao fechar o fole, outra nota é emitida pelo
mesmo botão.
Você sabe tocar outro instrumento?
Não. No passado tentei aprender violão, mas não tive
paciência. Talvez no futuro eu retome este projeto.
Como é o trabalho de compositor?
O violonista espanhol Manolo Sanlucar possui um dizer que
resume muito bem a resposta (vou traduzir com minhas palavras): Para as
pessoas, a música é um divertimento, mas para o músico (aqui músico é aquela
pessoa que abdicou tudo para se entregar a esta divindade chamada “Música”),
para o músico, música não é divertimento, é a própria angústia. Pra quem
realmente entende o que é a “Música” e devota-se a ela, existe uma angústia, a
qual pressuponho, seja similar àquela gerada pela abstinência a algum vício, e
essa angústia precisa ser, pelo menos abrandada, tocando ou compondo, por
exemplo, então, o “vício” se acomoda por algum tempo.
Quais são suas principais influências?
Raul Barboza (Argentina), Egberto Gismonti (Brasil), Astor
Piazzolla (Argentina), Oscar dos Reis (Brasil), Paco de Lucia (Espanha), Django
Reinhardt (Bélgica/França).
Qual a música que você compôs é mais especial?
Difícil, por que cada uma das composições representa um
momento, mas, Melodia Noctívaga até agora, tem rendido mais frutos. Possui mais
visualizações e nos levou a tocar num grande festival em Maringá/PR.
Qual o conselho que você dá para quem quiser ser a carreira
de músico e compositor?
Estudo! Estudar e estudar. A música é infinita, então os
estudos nunca acabam. Estudar sobre todos os assuntos possíveis. Refletir sobre
sua vida e avida das pessoas e, sem falta, devotar-se à música e ao seu
propósito!
Te aprochega e confira o clipe da música Melodia Noctívaga de Uiliam
Michelon:
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