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O dia 20 de julho é conhecido como o Dia do Amigo. Uma data especial em que amizade é celebrada por todos aqueles que acreditam nela.

E para celebrar essa data, escolhemos o clipe e a letra da música "Amigos do Tempo Antigo" de Elton Saldanha e Érlon Péricles.

 

 



AMIGOS DO TEMPO ANTIGO

 

 

Parceiro veio, sou franco e te digo,

Se tiver peleia, conta comigo...

Lá no meu rancho, tu tens abrigo,

Irmão das cruzadas lá do tempo antigo.

 

Eu topo a parada por qualquer motivo

Parceiro de festa, também pro perigo,

Arrastando esporas de aço batido

Temo sempre pronto pra uma falta invído!

 

O ajôjo que nos une

Nesse ritual primitivo,

Nessa cantiga da vida

Que hoje reparto contigo!

 

TEM QUE SE DAR VALOR... PARA OS AMIGOS,

TEM QUE SE DAR VALOR... PARA OS AMIGOS,

TEM QUE SE DAR VALOR... PARA OS AMIGOS,

INDA MAIS AQUELES DO TEMPO ANTIGO!

 

Se faltar um troco aqui te consigo,

Um facão três listras e um quarto de chibo,

Um abraço justo e um aperitivo

Cavalo encilhado pra bater estribo!

 

Sei que desse jeito “semo” parecido...

É no mamo a mano, no mesmo efetivo,

E no tempo feio seguimos unidos

Te guardo um abraço, com deus te bendigo!






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O segredo para tomar um bom chimarrão vai além do preparo da bebida. Tomar mate é um ritual que você precisa seguir à risca para aproveitar todos os benefícios que a bebida traz como o sabor e a paz de espírito.

 

Para você não errar ou pagar mico, compartilho com vocês os 7 maiores erros que jamais se pode cometer no horar de tomar chimarrão, seja quando você está sozinho e/ou em roda de chimarrão com outras pessoas.

 




Essas dicas são do humorista Jair Kobe, mais conhecido como o Guri de Uruguaiana.

 

Te aprochega vivente e leia

 

 

#1 – Botar açúcar no mate


Tem gente que coloca açúcar no chimarrão. Isso deveria ser considerado um crime ambiental.

 

#2 – Reclamar da temperatura do mate


Se o mate tiver muito quente e te pingar uma lágrima do olho, tu disfarças e fala: que saudade da minha querência.

 

#3 – Deixar o mate pela metade


Tem gente que há numa roda de mate e entrega pela metade! Pecado mortal. O mate deve ser tomado até roncar.

 

#4 – Usar cuia de porcelana e bonequinhos


Pra enfeitar o mate – a cuia deve ser de porongo e esse negócio de encher de bonequinhos em cima não tem nada a ver! O mate é pra tomar, não pra brincar de Lego!

 


#5 – Mexer na bomba


 A bomba de chimarrão não é câmbio, pra ficar trocando de marcha!



#6 – Aquecer a água em rabo quente


Tem gente que adora usar rabo quente! Não pode! A água fica com gosto de matéria plástica.

 

#7 – Empacar a roda


 Tem gente que tá na roda de mate e fica de conversa fiada e esquece de tomar! Se é a tua vez, toma e passa! Não fica te amarrando! A bomba de mate não é microfone!

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Nesta sexta-feira (11) aconteceu na Casa do Povo de Vacaria a primeira apresentação de Uiliam Michelon Quarteto que homenageia o bandoneonista e compositor argentino Astor Piazzolla (1921-1992) com o título “Muchas Gracias Piazzolla”.

 

A escolha da data do concerto tem um significado, pois Astor Piazzolla nasceu em 11 de março de 1921 em Mar del Plata e se estivesse vivo estaria completando 101 anos na data da apresentação. O espetáculo estava previsto para ser lançado em abril de 2020 na cidade Porto Alegre, mas teve ser adiado devido a pandemia.

 

Apresentação de Uiliam Michelon Quarteto. Foto: Mateus Rosa


A espera valeu a pena. Como disse a mestre de cerimônias Gabe Moraes “uma noite única, especial e que jamais se repetirá”. O público presente na Casa da Povo pode ver em primeira mão a nova formação do Uiliam Michelon Quarteto com baixista Rodrigo Zilioto e o guitarrista Rafael Diniz. O baterista Gleidson Dondoni que participava da outra formação, continua fazendo parte do projeto.

 

No espetáculo, clássicos de Astor Piazzolla como “Tanguedia”; “Michelangelo 70”; “Libertango” e “Adiós Nonino” com os arranjos únicos que fazem parte desse projeto, além de composições autorais de Uiliam Michelon como  a música “36”. Piazzolla é a maior inspiração de Uiliam que busca através do seu acordeom cromático, manter viva a obra e a melodia desse grande músico.

 

Parafraseando Uiliam Michelon foi uma apresentação com músicas para “curar a alma” e nesse quesito ele e os demais músicos cumpriram com sua missão.

 

As próximas apresentações de Uiliam Michelon Quarteto: Muchas Gracias Piazzolla  acontecerão em abril. Dia 2 em Bento Gonçalves; dia 3 em Garibaldi e dia 9 em Farroupilha.


Confira a seguir algumas fotos do concerto de Uiliam Michelon Quarteto: Muchas Gracias Piazzolla no dia 11 de março de 2022 na Casa do Povo de Vacaria:












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Foi lançado oficialmente nesta sexta-feira (11), o videoclipe “No fim da cancha da vida”. A direção é de Marcos Verza, com letra da música de Rafael Ferreira (Trambeio), melodia de Daniela Cavalheiro e interpretação de Adriano Posai e Daniel Cavalheiro.

 

Conforme Verza, que também é o roteirista, a história da música é apresentada através do olhar de um amigo, já maduro e cheio de vivências, o qual viu tantos amigos partirem e deixarem, além da saudade, lembranças e memórias que, no caso do clipe, foram estabelecidas na cancha da vida, entre a terra e o céu.

 



A sugestão do tema foi feita pelo Adriano Posai, como explica o compositor da música, Rafael Ferreira. “Ele me procurou, sabendo que seria interessante uma música que cantasse aquele momento de homenagem, onde o rodeio para em oração, todos tiram o chapéu e um boi é solto do brete, para que chegue ao fundo de cabeça solta, mas como se o amigo querido que não está mais entre nós o tivesse laçado, na lembrança”.

 

O intérprete Adriano Posai, diz sentir-se feliz com o resultado. “O sentimento é gratidão, pois tudo o que fizemos foi com muito amor e forças além ao imaginário.” E completa: “Que essa singela homenagem aos laçadores que se foram, possa acalentar e amenizar as dores da ausência terrena, e que todo o amor empregado neste trabalho, conforte os corações e olhares dos que aqui ficaram.”

 

Para o patrão do CTG Porteira do Rio Grande, Elvio Guagnini Rossi, Rafael conseguiu trazer através da letra da música muitos aprendizados, doloridos e não tão bons, que a pandemia nos trouxe com a perda de pessoas próximas. “A música também nos ensinou a valorizar as pessoas com quem convivemos e os momentos inesquecíveis que nos trazem tanta felicidade e às vezes passam muito rápido”. Conforme ele, este videoclipe ficará guardado na memória das pessoas que tem o amor pela cultura gaúcha, principalmente no coração daqueles que perderam alguém que amavam.

 

Elvio agradece a todos os envolvidos, aos patrocinadores que sempre abraçam as ideias do CTG e em especial ao ator Marcos Verza, que não mediu esforços para emprestar sua arte ao Porteira, sem cobrar nada em troca.

 

Devido às restrições da pandemia, a solenidade de lançamento foi restrita e contou com a presença dos envolvidos no clipe, imprensa, patrocinadores e patronagem do CTG Porteira do Rio Grande.

 

O videoclipe está disponível no canal do Youtube do CTG Porteira do Rio Grande. 


Você também  pode conferir abaixo o videoclipe


 



 

FICHA TÉCNICA

 

Realização: CTG Porteira do Rio Grande

Direção: Marcos Verza

Ano: 2022

Música

Letra: Rafael Ferreira

Melodia: Daniel Cavalheiro

Interpretação: Adriano Posai e Daniel Cavalheiro

Arranjos e Violão: Arthur Boscato

Acordeon: Tiago Camargo

Violino: Israel Dutra

Recitado: Elvio Rossi

Mixagem e Masterização: Alessandro Lopes/ Estúdio Chalé 8

Videoclipe

Roteiro: Marcos Verza

Montagem: Marcos Verza e Diego Ezequiel

Imagens: Esthudio F18

Imagens Aéreas:  Aerodrone e Esthudio F18

Câmera: Diego Ezequiel

Operador de Drone: Murilo Ramos

Com: Adriano Posai, Arthur Boscato, Tiago Camargo, Israel Dutra, Elvio Rossi, Antônio Ademir Borges e Eldir Henrique Aliprandini Rigon.

Participação:  Claiton Carneiro, Luís Cesar Lisboa, Bruno Camargo, Luisa Rech Lisboa, Neri Boeira, Jeferson Camargo, Mario Luis Borges, João Pedro, Mateus Oliveira, Daniel Carvalho, Murilo Neri.

Produção de Animais:  Elizandro Barreto

Foto Still: Cristian Paim Borges

Arte Gráfica: Arthur Prado

Assessoria de Comunicação: Anelise Donazzolo

Locações:  Parque dos Rodeios Nicanor Kramer da Luz e Catedral Diocesana Nossa Senhora da Oliveira

Agradecimentos: Bispo Diocesano Silvio Guterres Dutra, Padre Rene Antônio Zanandréa, Cleomar Venson, Elisiane Rech Rossi, Rosângela Verza Subtil, Eldir Francisco Paim Rigon Filho, Priscila Bossardi Aliprandini.

Incentivo: Armazém da Química, Benski, Transcavalinho, Cor & Cia, Cyberfly, Figueiró, Razera, Sagrada Família, Valtra.

Produção: Eeccooss Pa-c, CTG Porteira do Rio Grande e Esthudio F18

Produção Executiva: Elvio Guagnini Rossi e Marcos Verza

Realização: CTG Porteira do Rio Grande

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Tendo em vista o aumento de casos da Covid – 19 na cidade de Vacaria, bem como a preocupação que a Patronagem do CTG Porteira do Rio Grande tem com os seus sócios, patrocinadores, apoiadores, simpatizantes e competidores, além do respeito pelas autoridades locais e profissionais da Saúde, entendemos não existir segurança sanitária necessária para a realização do Rodeio Nacional de Vacaria, que iria se realizar de 04 a 06 de fevereiro de 2022. Sabemos da letalidade e os danos que a Covid -19 pode causar em nossas famílias, não existindo qualquer segurança na realização do evento neste momento de apreensão que a sociedade mundial vive, com notícias de aumento significativo do número de contaminados após as festas de final de ano.



 

O CTG Porteira do Rio Grande preza antes de tudo pelo bem-estar das nossas famílias e segurança de todos. O Rodeio Nacional de Vacaria irá acontecer em nova data, num cenário mais favorável a segurança sanitária de todos, a qual será divulgada em momento oportuno.

 

Agradecemos a compreensão de todos.

 

A Patronagem

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A patronagem do CTG Porteira do Rio Grande através da assessoria de comunicação da entidade divulgou nesta quinta-feira (23) a programação artística do Rodeio Nacional de Vacaria que acontecerá nos dias 4 a 6 de fevereiro de 2022.


Apresentação de dança durante 33º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria. Foto: Mateus Rosa


 

O Rodeio Nacional de Vacaria substituirá o Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria que aconteceria entre 29 de janeiro a 6 de fevereiro 2022. O evento foi cancelado em agosto devido a pandemia de COVID-19.

 

Em breve a patronagem do CTG Porteira do Rio Grande divulgará mais informações sobre os valores dos ingressos dos shows.

 

Te aprochega e confira a programação completa:

 

Dia 04/02/2022 – sexta-feira

 

Palco 1 (Concha Acústica)

 

19h – Show com o Grupo Parceria Gaúcha

 

20h30min – Show com João Luiz Corrêa & Grupo Campeirismo

 

Dia 05/02/2022 – sábado

 

Palco 1 (Concha Acústica)

 

13h – Danças tradicionais mirim e juvenil (por entidade)

 

Palco 2 (Galpão da prefeitura)

 

13h30min – Instrumentais e intérpretes vocais

Gaita teclado (adulto)

Violão solo (adulto)

Solista vocal adulto (prenda e peão)

 

Palco 3 (Escoteiros)

 

13h30min – Palco da declamação

Declamação veterano (prenda e peão)

 

Palco 4 (Igreja)

 

13h30min – Palco da declamação

Declamação adulto (prenda e peão)

 

Palco 5 (Arremate)

 

13h30min – Tablado da chula

Chula (xiru, veterano e adulto)

 

Palco 1 (Concha Acústica)

 

20h – Show com Uiliam Michelon e convidados

21h – Entrega da premiação

21h30min – Show com César Oliveira & Rogério Melo

23h30min – Os Vacarianos

 

Dia 06/02/2022 – domingo

 

Palco 1 (Concha Acústica)

 

10h – Danças tradicionais adulto

 

Palco 2 (Galpão da prefeitura)

 

9h– Instrumentais e intérpretes vocais

Gaita ponto (categoria única)

Gaita piano (mirim e juvenil)

Violão solo (juvenil)

Solista vocal mirim (prenda e peão)

 

Palco 3 (Escoteiros)

 

9h – Palco da declamação

Declamação pré-mirim (prenda e peão)

Declamação mirim (prenda e peão)

 

Palco 4 (Igreja)

 

9h – Tablado da chula

Chula (pré-mirim e mirim)

 

Palco 1 (Concha Acústica)

13h – Danças tradicionais adulto

 

 

Palco 2 (Galpão da prefeitura)

 

13h30min – Solista vocal juvenil (prenda e peão)

 

Palco 3 (Escoteiros)

 

13h30min – Declamação juvenil (prenda e peão)

 

Palco 4 (Igreja)

 

13h30mim – Tablado da chula

Chula (juvenil)

 

Palco 1 (Concha Acústica)

 

Após final da gineteada e final das danças tradicionais, show com Paulinho Mocelin

19h30min – Entrega da premiação

 

 

 

 

 

 

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Você sabia que há duas vertentes que tentam explicar os fatos ocorridos na famosa Guerra Farrapa? A tradicionalista e a histórica.


Ao nos referirmos aos fatos do período de 1835 a 1845, década tão importante para o Rio Grande do Sul, sabemos que muitos acontecimentos ainda estão sendo estudados, analisados e investigados à luz da história. A Revolução Farroupilha é estudada hoje sob duas vertentes, ambas com o propósito de esclarecer atos e fatos desta Guerra. Os tradicionalistas, que a denominam “decênio heroico,” procuram enaltecer a participação de homens valentes, bravos, que passaram a determinar os valores e a raça gaúcha. Esta corrente, nascida a partir de 1947, com tradicionalistas como Paixão Cortes e Barboza Lessa, tem se espalhado pelo território nacional e também pelo exterior, através de inúmeros CTGs (Centro de Tradições Gaúchas) sob a coordenação do MTG (Movimento de Tradições Gaúchas, buscando valorizar cada vez mais o folclore e a tradição do nosso Estado.

 

Por outro lado, temos uma grande e profunda investigação histórica: uma intensa pesquisa em documentos, registros de época, de importante significado para que realmente se esclareçam atitudes e decisões tomadas durante este conflito.

 

A História não visa depreciar os feitos heroicos nem suas comemorações, mas explicar que nem toda celebração reside em fato consumado, provado e heroico. A diversidade de opiniões é que faz a beleza da história. Sendo assim, vamos abordar alguns aspectos da Revolução mais importante para os destinos do povo gaúcho, mas apenas sob o ponto de vista histórico, pois a variante tradicionalista já está bem esclarecida. Vamos então aos fatos como a história nos ensina.

 

 


 

A Guerra dos Farrapos, também chamada Revolução Farroupilha, foi a mais longa guerra civil brasileira. Durou 10 anos. Foi liderada por fazendeiros de gado, que usaram as camadas pobres da população como massa de apoio durante a luta. Os fazendeiros, unidos, jamais permitiram que as camadas populares assumissem a liderança do movimento ou se organizassem em lutas próprias. A História, embora esteja sendo reescrita atualmente, como já falamos muitas vezes em nossos comentários, traz em seu conteúdo muitas marcas e características, porque, em última análise, a História reflete a forma de pensar e agir dos sujeitos que a produziram e que a registraram.

 

No caso da Revolução Farroupilha, o que temos é uma história masculina, uma história de guerreiros ricos ou pobres, brancos ou negros.

 

Muitos fatos deste período e deste tema ainda não foram suficientemente trabalhados. Entre eles o das mulheres – estas sim heroínas - que tomadas enquanto grupo, desaparecem embora algumas, cuja ação se sobressaia, são muito citadas. É o caso de Anita Garibaldi.

 

Para o historiador da Universidade Federal de Passo Fundo (UPF), Tau Golin, o tradicionalismo passa uma falsa ideia de que, no século 19, a população rio-grandense se levantou contra o Império. Para o pesquisador, o que começou em 1835 foi um movimento contra a taxação da terra e do charque, liderado por estancieiros e charqueadores.

 

Os ideais dos farroupilhas não foram além da luta pela igualdade de direitos entre representantes do Império e os representantes das classes dominantes gaúchas, principalmente latifundiários e profissionais liberais. Não foi uma luta para a melhoria das relações sociais ou, mesmo, uma luta de classes onde o povo teria reivindicado uma reestruturação da sociedade. Ao contrário. O povo foi enganado com ideias vagas de liberdade. Mas os verdadeiros direitos que os chefes farroupilhas buscavam eram os seus direitos políticos. Então, a Revolução Farroupilha é uma das revoltas por liberdade no Brasil da época do Império que passou a ser história no século XIX.

 

Muitos dos livros tradicionais dizem que o acontecimento começou em protesto aos impostos altos que eram cobrados no charque, sal e outros produtos da região Sul e era seu objetivo alcançar independência política e econômica em relação ao governo central. Essa revolução é considerada como uma guerra civil a qual colocou os rio-grandenses uns contra os outros. Uma guerra iniciada pelos grandes donos de áreas rurais, conhecidos como estancieiros. O império, que já tinha muitos impostos das propriedades urbanas, queria taxar também as propriedades da zona rural.

 

No decorrer da revolução e para atrair adeptos e tornar simpática a sua causa, os farroupilhas lançaram os ideais de Liberdade, Igualdade e Humanidade. Palavras que, na prática, eram nulas, porque aquela era uma sociedade opressora e escravocrata. Percebendo isso, os revolucionários prometeram a libertação dos escravos e maior igualdade social.

 

Para que isso se concretizasse e adotasse ares de verdade, e também para fortalecer as forças farroupilhas, foram criados os corpos de Lanceiros Negros. Foram dois corpos de lanceiros constituídos, basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que lutaram na Revolução Farroupilha. Possuíam 8 companhias de 51 homens cada, totalizando 426 lanceiros. Os Corpos de Lanceiros Negros eram integrados por negros livres ou libertados pela Revolução com a condição de lutarem como soldados pela causa. Eram recrutados, principalmente, entre os negros campeiros, domadores e tropeiros das charqueadas, e, apesar de lhes ser prometida a liberdade em caso de vitória da revolução, formavam corpos de combatentes separados dos brancos. A sua única e verdadeira liberdade era a de lutar pela causa dos brancos.

 

Os Lanceiros Negros foram os responsáveis pelas principais vitórias dos farroupilhas, como a de 11 de setembro de 1936 e a da vitória de Laguna, em 1939. E o famoso e tão discutido Massacre de Porongos?

 

 Antes de iniciar a rebelião armada contra o império, os chefes farroupilhas prometeram aos estancieiros e charqueadores que não usariam escravos como combatentes para não tirar a mão-de-obra das fazendas, o que prejudicaria seus negócios e lucros. Porém, logo que começaram as primeiras batalhas, os farrapos sentiram que possuíam um contingente despreparado e pequeno para vencer os imperiais, o que os levou em 1837 a formar o 1° Corpo de Lanceiros Negros, comandados por um branco, Teixeira Nunes, o Gavião. Os farroupilhas prometiam dar liberdade aos escravos que batalhassem a seu favor.

 

Ao final de 1844, já há 9 anos em conflito, a província desgastada, a guerra parecia perdida. As tratativas para a assinatura de um acordo de paz estavam em andamento, quando surgiu um grande problema: o Império não aceitava a libertação dos negros. Então, como o RS poderia libertar seus negros após a guerra como havia a promessa? E como ficariam os escravos do resto do Brasil frente a esta atitude particular do sul do país? Algo tinha que ser feito nesse sentido para que a paz pudesse ser assinada. A questão dos escravos era o único ponto que ainda barrava a assinatura da paz entre os grandes donos de terras que articularam a Revolução Farroupilha e as forças do governo.

 

Com o objetivo de dar um fim ao conflito, David Canabarro teria mandado, na madrugada de 14 de novembro, tirar todas as armas dos escravos deixando apenas as lanças e espadas. Se os Lanceiros Negros fossem mantidos vivos seriam um perigo. Assim, por volta das 2 horas da manhã, as tropas imperiais de Abreu, conhecido como Moringue, entraram nos campos de Porongos, hoje município de Pinheiro Machado. O Corpo de Lanceiros Negros, desarmado, desprotegido, numa emboscada foi dizimado. Era a Surpresa de Porongos, que há décadas vem sendo discutida pelo movimento negro e agora passa a ser reescrita. Numerosos Lanceiros foram mortos, fala-se de 600 a 700. Em consequência, mais de 300 farrapos, além de 35 oficiais foram presos. Vinte negros sobreviveram e foram mandados para o Rio de Janeiro, onde voltaram a ser escravos. Na verdade, uma das preocupações dos dois lados, revolucionários e imperiais, era o que fazer com os negros após o fim do conflito. A história oficial sempre negou a traição. No entanto, é fato conhecido no Rio Grande as dúvidas de chefes farroupilhas sobre aquilo que foi chamado de "Surpresa de Porongos".

 

O Massacre de Porongos foi um sangrento e covarde episódio da Revolta Farroupilha que agora passa a ser discutido pela história oficial. Os dias 13 e 14 de novembro marcam a data de homenagem aos Lanceiros Negros, tropa dizimada pelo exército do imperador Pedro II no chamado Massacre de Porongos. A chacina foi resultado de um traiçoeiro acordo entre um chefe dos farrapos e o comandante do exército imperial, Caxias. Passados tantos anos da traição do general David Canabarro (um dos líderes farrapos) e do comandante Duque de Caxias, que vitimou tantos negros farroupilhas, a história muda o curso e traz à tona a relevância dos Lanceiros Negros.

 

 A divulgação do fato, pouco conhecido pela população brasileira, vem questionar a figura de Canabarro, sempre apresentado como um dos heróis da Revolta pelos historiadores oficiais. A Revolta Farroupilha não foi uma guerra popular e sim um conflito de facções da classe dominante. Fazendeiros gaúchos versus governo imperial.

 

 Em seu decorrer, a luta acabou arrastando camadas do povo, explorado e insatisfeito, o que deu um caráter popular à Revolta. Segundo historiadores, “Paz de Ponche Verde” foi uma paz confortável. Ninguém foi punido. Os chefes farroupilhas receberam indenizações do governo. Muitos compraram terras com as indenizações.

 

Os oficiais republicanos passaram a pertencer ao exército imperial, com o mesmo posto alcançado na revolução. As dívidas de guerra foram pagas pelo Império. Os revolucionários gaúchos puderam, finalmente, indicar o Presidente da Província ao seu gosto. Foi a chamada Paz Honrosa.

 

 Independentemente dos fatos, o legado ficou: o amor pelo Rio Grande, que se fortificou e hoje nos torna diferentes do resto do mundo, pois mesmo que a história mostre que o verdadeiro objetivo da revolta sulina tenha sido defender os interesses dos mais abastados. Não podemos negar que ela uniu homens de todas as classes em prol de um ideal, mesmo que esse ideal tivesse sido diferente para cada um que nela lutou.

 

 

 

Este texto foi aprestado no programa Espaço Cultural (Rádio Esmeralda), no dia 18 de setembro de 2021, pela professora e historiadora vacariense Arlene Medeiros de Abreu.

 

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Em entrevista coletiva, na noite desta terça-feira, (3), a patronagem do CTG Porteira do Rio Grande anunciou o cancelamento do 34º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria, que seria realizado de 29 de janeiro a 6 de fevereiro de 2022.

 

 


De acordo com o patrão, Elvio Guaninni Rossi, a entidade prima pelo fortalecimento da família junto à cultura gaúcha, e por isso, neste momento o rodeio torna-se inviável, pois tem como objetivo o encontro de todas as gerações.

 

 

Ainda segundo o patrão, não há condições de limitar ou realizar distanciamento nos 73 hectares do Parque, nas arquibancadas, nos acampamentos ou nos shows da concha acústica. Elvio destacou que a medida busca demonstrar respeito à vida, aos profissionais de saúde e à população em geral. "Nós não queremos ser (talvez) promotores de um novo ciclo de contaminação. Não é precipitação, saibam que Vacaria está preocupada com a saúde de todos e com a situação financeira de cada um. Não nos sentimos à vontade para pedir dinheiro de patrocínios, seja no setor público ou privado. Não podemos arriscar manchar a imagem do Rodeio" ressaltou Rossi.

 

 

O maior evento tradicionalista da América Latina chegou a receber 350 mil pessoas em sua última edição, realizada em 2020. Em apenas duas noites foram mais de 120 mil pessoas. A procura por participação em provas sempre foi expressiva, atraindo competidores dos mais diversos locais do país e do mundo. Na campeira, por exemplo, as atividades seguiam as 24 horas, dia e noite, especialmente no laço.

 

 

Em todas as edições, o Rodeio de Vacaria também contou com a presença de delegações internacionais, como as da Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile.

 

Texto: Tua Rádio Fátima

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Desde a época da Guerra dos Farrapos (1835-1845), o Rio Grande do Sul sempre cultivou o desejo separatista do restante do Brasil. Nos últimos anos tem crescido o movimento O Sul É O Meu País que defende a separação dos três estados do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul para a criação de um novo país.

 

Outro movimento separatista que existe no Rio Grande do Sul é o movimento que visa a criação do estado do Pampa. A ideia inicial para que esse nosso fosse criado foi proposta pelo político e jornalista gaúcho Irton Marx, em 18 de fevereiro de 1990.

 

Bandeira do estado do Pampa e região do mapa que formaria o novo estado


As mudanças no mapa do Brasil estão previstas na Constituição (Lei Complementar nº 20, de 1º de julho de 1974), que diz o seguinte: "os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, por meio de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar".

 

Precedentes e motivos

 

A ideia de se criar um estado independente no Rio Grande do Sul vem da época em que houve a Revolução Farroupilha, quando as províncias de São Pedro do Rio Grande do Sul e Santa Catarina formaram as repúblicas Rio-Grandense e Juliana, as quais nunca alcançaram emancipação legítima de fato.

 

 

A capital do estado do Pampa, se fosse criado, seria a cidade de Pelotas, que atualmente tem 340 mil habitantes, que fica na região sul do Rio Grande do Sul. Outras cidades gaúchas que fariam parte do novo estado seriam, por exemplo as cidades Rio Grande, Bagé, Santana do Livramento e Chuí.

 

As principais justificativas para a criação do estado do Pampa são características naturais da região, diferente das demais região do estado; recursos federais melhores distribuídos e maior desenvolvimento.

 

O Pampa é um bioma localizado no extremo Sul do país. Ele se caracteriza por apresentar um relevo pouco acidentado, e sua vegetação é composta por plantas herbáceas, arbustos e árvores de pequeno porte, como o capim-forquilha, o trevo-nativo e o algarrobo.


Atualmente, o projeto da criação do estado do Pampa está parado no Congresso, porém nada impede que no futuro surgem novos estados ou que estados deixam de existir ou que eles sejam unificados. Isso depende da força política de cada região. 


Te aprochega e conheça o Movimento O Sul É O Meu País

 


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Imagem de Myriams-Fotos por Pixabay

 

 

Natal é uma data abençoada, onde aquele que ensinou pela palavra e pelo exemplo veio ao mundo. Com essa baita canção do Grupo Os Monarcas, o Repórter Riograndense quer desejar a você um excelente natal em família, com todos os sentimentos flor de especiais que se possa ter!

 

Clique abaixo e acompanhe “Natal de Jesus”, d’Os Monarcas’:

 

 


Fênix Pinturas/Reprodução

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