Repórter Riograndense

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Há quem goze de nosso uso do termo “Tchê”, ache até chulo-grosseiro este linguajar. Se soubessem a sua origem, aí abaixo relatada, talvez mudassem sua opinião.

Sotaques e regionalismos na hora de falar são conhecidos desde os tempos de Jesus. Todos na casa do sumo sacerdote reconheceram Pedro como discípulo de Jesus pelo seu jeito "Galileu" de se expressar.

No Brasil também existem muitos regionalismos. Quem já não ouviu um gaúcho dizer: "Barbaridade, Tchê"? Ou de modo mais abreviado "bah, Tchê"?



Essa expressão, própria dos irmãos do sul, tem um significado muito curioso. Para conhecê-lo, é preciso falar um pouquinho do espanhol, dos quais os gaúchos herdaram seu "Tchê".

Há muitos anos, antes da descoberta do Brasil, o latim marcava acentuada presença nas línguas europeias como o francês, espanhol e o português. Além disso, o fervor religioso era muito grande entre a população mais simples.

Por essa razão, a linguagem falada no dia, era dominada por expressões religiosas como: "vá com Deus", "queira Deus que isso aconteça", "juro pelo céu que estou falando a verdade" e assim por diante.

Uma forma comum das pessoas se referirem a outra era usando interjeições também religiosas como: "Ô criatura de Deus, por que você fez isso"? Ou "menino do céu, onde você pensa que vai"?

Muita gente especialmente no interior ainda fala desse jeito.Os espanhóis preferiam abreviar algumas dessas interjeições e, ao invés de exclamar "gente do céu", falavam apenas Che! (se lê Tchê) que era uma abreviatura da palavra caelestis (se lê tchelestis) e significa do céu. Eles usavam essa expressão para expressar espanto, admiração, susto. Era talvez uma forma de apelar a Deus na hora do sufoco. Mas também serviam dela para chamar pessoas ou animais.

Com a descoberta da América, os espanhóis trouxeram essa expressão para as colônias latino-americanas. Aí os Gaúchos, que eram vizinhos dos argentinos e uruguaios acabaram importando para a sua forma de falar.

Portanto exclamar "Tchê" ao se referir a alguém significa considerá-lo alguém "do céu". Que bom seria se todos nos tratássemos assim. Considerando uns aos outros como gente do céu.

Texto e foto retirado da página do grupo Alma Gaudéria.

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-Quieto no Canto como guri cagado...


-Mais ligado que rádio de preso


-Mais curto que coice de porco


-Firme que nem prego em polenta


-Mais nojento que mocotó de ontem


-Saracoteando mais que bolacha em boca de véia


-Solto que nem peido em bombacha


-Mais curto que estribo de anão


-Mais pesado que sono de surdo


-Calmo que nem água de poço


-Mais amontoado que uva em cacho


-Mais perdido que cego em tiroteio


-Mais perdido que cachorro em dia de mudança


-Mais perdido do que cusco em procissão


-Mais faceiro que guri de bombacha nova


-Mais assustado que véia em canoa


-Mais angustiado que barata de ponta-cabeça


-Mais por fora que quarto de empregada


-Mais por fora que surdo em bingo


-Mais sofrido que joelho de freira em semana Santa


-Feliz que nem lambari de sanga


-Mais ansioso que anão em comício


-Mais apertado que bombacha de fresco


-Mais apressado que cavalo de carteiro


-Mais arisca do que china que não quer dar


-Mais atirado que alpargata em cancha de bocha


-Mais baixo que voo de marreca choca


-Mais bonita que laranja de amostra


-De boca aberta que nem burro que comeu urtiga


-Mais chato que gilete caída em chão de banheiro


-Mais caro que argentina nova na zona


-Mais cheio que corvo em carniça de vaca atolada


-Mais constrangido que padre em puteiro


-Mais conhecido que parteira de campanha


-Mais comprido que puteada de gago


-Mais comprido que cuspe de bêbado


-Mais coxuda que leitoa em engorde


-Devagarzito como enterro de viúva rica


-Mais difícil que nadar de poncho


-Mais duro que salame de colônia


-Mais encolhido que tripa na brasa


-Extraviado que nem chinelo de bêbado


-Mais faceiro que mosca em tampa de xarope


-Mais faceiro que ganso novo em taipa de açude


-Mais faceiro que pica-pau em tronqueira


-Mais feliz que puta em dia de pagamento de quartel


-Mais feio que briga de foice no escuro


-Mais feio que sapato de padre


-Mais feio que paraguaio baleado


-Mais feio que indigestão de torresmo


-Mais firme que palanque em banhado


-Mais por fora que cotovelo de caminhoneiro


-Mais gasto que fundilho de tropeiro


-Mais gostoso que beijo de prima


-Mais grosso que dedo destroncado


-Mais grosso que rolha de poço


-Mais grosso que parafuso de patrola


-Mais informado que gerente de funerária


-Mais medroso que cascudo atravessando galinheiro


-Mais nervoso que potro com mosca no ouvido


-Quente que nem frigideira sem cabo


-Mais sério que defunto


-Mais sujo que pau de galinheiro


-Tranquilo que nem cozinheiro de hospício


-Tranquilo que nem água de poço


-Tranquilo que nem vaca na Índia


-Bobagem é espirrar na farofa


-Mais gorduroso que telefone de açougueiro


-Mais perdido que cebola em salada de frutas


-Mais feliz que gordo de camiseta nova


-Mais chato que chinelo de gordo


Obs.: Não perguntem de onde tirei isso, porque...

-Quem revela a fonte é água mineral!!!
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Hey, mister! - Ó, tchê!
Hurry up! - Te a ligeira, xirú!
Take it easy. - Não te apoquentes.
Very good! - Flor de especial!
This way - Por estas bandas.
That's cool! - Tri bagual!
I give up! - Arreguei!
Wait for me!  - Peraí, vivente!
Son of a bitch! - fio dumas égua!
Come here! - se achegue, no más.
Really? - Bah, capaz?

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U

UÉ! Interj. Exprime admiração, espanto.
UM s. Uma pessoa, a gente. Corresponde a on, no francês, e a man, no alemão. "Quando um se enamora", isto é, quando a gente ou quando a pessoa se enamora.
UMBU, s. Árvore da família das Fitolacáceas, de grande tamanho, cujas raízes saem à flor da terra, muito copada, de folhagem espessa, que produz excelente sombra. É, como o pinheiro e a figueira, uma das árvores simbólicas do Rio Grande do Sul.
UNHEIRA, s. Ferida difícil de curar.
UNTURA, s. Remédio feito com sebo, carvão moído e outros ingredientes, usado para curar as matas dos animais de montaria ou de carga.
URUBU, s. Corvo.


V

VACARIA, s. Grande número de vacas. || Grande extensão de campo que os jesuítas reservavam para a criação de gado bovino.
VANCÊ, pron. Você. É, no Rio Grande do Sul, tratamento usado superior para inferior.
VAQUEANO, s. Pessoa que conhece perfeitamente os caminhos e atalhos de uma região podendo servir de guia aos que precisam percorrê-la. Pessoa que tem prática, habilidade, destreza, para qualquer trabalho ou arte. Tapejara.
VAQUILHONA, s. Vaca nova que ainda não pariu. Novilha.
VARADO, adj. Diz-se da pessoa ou animal que se encontra delgado por falta de alimentação ou de água.
VARAR, v. Atravessar, bandear, cruzar.
VAREIO, s. Susto, sova, surra, repreensão. Diz-se dar ou tomar um vareio.
VAREJAR, v. Arremessar, atirar, jogar fora.
VAREJEIRA, s. Mosca que deposita seus ovos nas feridas dos animais, produzindo bicheira.
VASILHA, s. Indivíduo ruim, desprezível, imprestável, ordinário. O mesmo que vasilha ruim, vasilha ordinária, má vasilha.
VASQUEIRO, adj. Minguado, raro, escasso, difícil de conseguir.
VEADO-VIRÁ, s, Cervus coassus nemorivágus. Habita os capões e capoeiras. É muito ágil. Também é chamado veado-catingueiro ou apenas catingueiro.
VEIA-ARTÉRIA, s. Carótida do bovino, que é seccionada por ocasião do abate.
VELHACO adj. Diz-se do animal que não perde o costume de velhaquear, dar pinotes, corcovear.
VELHAQUEAR, v. Corcovear, pinotear.
VELÓRIO, s. Ato de velar com outros um defunto, ou seja, passar a noite em claro na sala em que o defunto está exposto.
VENTANA s. e adj. Indivíduo mau, desordeiro, turbulento, brigão, venta furada, venta rasgada, ventania.
VERDEAR, v. Matear, chimarrear, tomar um verde. || Dar ração de pasto verde ao animal.
VEREDA, s. Ocasião, vez.
VERTER ÁGUA, expr. Urinar.
VIAJADA, s. Viagem, jornada, caminhada.
VIVARACH0, s. e adj. Indivíduo muito vive sagaz, esperto, perspicaz, astucioso, atilado.
VIVENTE, s. Pessoa, caricatura, indivíduo.
VOLTA E MEIA, expr. Seguidamente, frequentemente, a dois por três.
VOLTEADA, s. Ato de percorrer o campo para trazer os animais para a mangueira ou para o rodeio. Ato de apanhar o gado de surpresa.
VOLTEAR, v. Fazer uma volteada. Conduzir uma ponta de gado para a mangueira ou para o rodeio. || Passear, dar um giro. || Derrubar, atirar no chão.
VOZERIO, s. Vozearia, vozeria, vozeada, clamor de muitas vozes juntas.

X


XERENGA, s. Faca velha, ordinária, ruim. O mesmo que xerengue.
XERETA s. Conversador, intrometido, bisbilhoteiro, importuno, novidadeiro, leva e traz bajulador, engrossador.
XERETEAR, v. Adular, engrossar, bajular, bisbilhotar, importunar, intrigar.
XÔ-MICO, interj. Exprime desprezo.
XUCRO adj. Diz-se do animal ainda não domado, chimarrão, bravio, esquivo, arisco. Diz-se da pessoa ainda não adestrada em determinada tarefa, ou grosseira, mal educada, sem trato social.

Z


ZARRO: Incômodo, difícil de fazer, chato.
ZUNIR: Ir-se apressadamente.
ZAINO adj. Diz-se do animal cavalar ou muar de pêlo castanho escuro.

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S

SABUGO, adj. Diz-se do indivíduo bajulador, engrossador, capacho.
SACUDIDO, adj. Forte, valente, destro, destorcido, trabalhador, decidido, disposto, perito em alguma coisa.
SALSEIRO, s. Conflito, briga, peleia, rolo, desordem, balbúrdia, barulho, charivari.
SAMPAR, v. Arremessar, atirar, lançar, assentar, chimpar, pespegar.
SANCHO RENGO, s. Ver a expressão fazer-se de rengo.
SANGA, s. Pequeno curso d'água menor que um regato ou arroio.
SANGRADOURO, s. Lugar no lado direito no peito da rês, junto ao pescoço, onde se introduz a faca para matá-la.
SANGRAR, v. Introduzir a faca no sangradouro da rês para matá-la.
SANGUERA, s. Grande quantidade de sangue, sangueira.
Santa-fé, s. Planta da família das Gramíneas, de folhas longas, finas e ásperas, muito empregada em quinchas ou coberturas de ranchos ou de carretas.
SANTO-ANTONINHO-ONDE-TE-POREI, s. Pessoa muito querida, muito mimada.
SÃO PEDRO, s. Antiga denominação do Estado do Rio Grande do Sul. || O santo considerado o padroeiro do Rio Grande do Sul.
SAPECA s. Sova, tunda, surra, sumanta, descompustura; viagem louca ou estafante.
SARANDI, s. Terra maninha.
SARANDIZAL, s. Terreno coberto de sarandis.
SARAPANTADO, adj. Medoros, assustado.
SARNAGEM, s. Sarna, ronha dos animais cavalares.
SEIÚDA, adj. Diz-se da mulher que possui seios muito grandes.
SENTAR, v. Parar bruscamente, o cavalo, quando vai a galope.
SEQUILHO, s. Rosquinha de farinha de trigo, seca, revestida de açúcar cristalizado.
SERENO s. Assistência externa de um baile. O mesmo que mosquiteiro.
SERIGOTE, s. Espécie de lombilho, com pequenas diferenças na cabeça e nos bastos.
SERRA, s. Mato estreito e comprido, em terreno acidentado, que acompanha as duas margens dos rios.
SESMARIA, s. Antiga medida agrária correspondente a três léguas quadradas, ou seja, a 13.068 hectares. São 3.000 por 9.000 braças; ou 6.000 por 19.800 metros; ou ainda, 130.680.000 metros quadrados.
SESMEIRO, s. Dono de sesmaria.
SESTEADA, s. Sesta, ato de sestear.
SESTEAR, v. Dormir a sesta.
SETE-EM-PORTA, s. Jogo de cartas, variante do monte.
SIA, pron. Senhora.
SINUELO, s. Animal ou ponta de animais mansos ou habituados a serem conduzidos.
SOBREANO, adj. Diz-se da rês com mais de um ano de idade e menos de dois.
SOBRECINCHA, s. Peça de dois arreios, constituída de tira de couro ou sola, utilizada para apertar os pelegos ao lombilho.
SOFLAGRANTE, s. Momento, ocasião, flagrante.
SOFRENAÇO, s. Puxão forte nas rédeas para fazer o cavalo parar ou recuar.
SOGA, s. Corda feita de couro, ou de fibra vegetal, ou, ainda, de crina de animal, utilizada para prender o cavalo à estaca ou ao pau-de-arrasto, quando é posto a pastar.
SOLFERIM, adj. De cor escarlate, ou entre escarlate e roxo.
SOLITO, adj. Só, isolado, sozinho, sem companhia.
SOQUETE, s. Cozido de ossos com pouca carne. Carne cozida. Cozido com pirão.
SORRO, s. Guaraxaim. O mesmo que zorro. || Adj. Em sentido figurado, manhoso, dissimulado, astuto, matreiro.
SOTRETA, s. e adj. Indivíduo desprezível, tolo, covarde, vil, ruim, ordinário, velhaco, de pouco mérito. || Cavalo ruim, arisco, matreiro, sendeiro. || Coisa sem valor, imprestável.
SOVAR, v. Amaciar, tornar flexível o couro cru para o preparo do arreamento comapeiro.
SOVÉU, s. Laço grosseiro e muito forte, feito com duas ou três tiras de couro torcidas.
SUMANTA, s. Sova, surra, tunda, sapeca.
SUMIDOURO, s. Atoleiro profundo.
SURO s. Rabão, sem cauda.
SUSPENDER, v. Roubar, furtar, raptar.
T


TABA, s. O mesmo que tava.
TACURU, s. Montículo de terra, às vezes com quase dois metros de altura, feito pela formiga cupim, geralmente em terrenos alagadiços e banhados.
TACURUZAL, s. Terreno onde há abundância de tacurus.
TAFONA, s. Atafona.
TAFULEIRA, adj. Diz-se da moça taful, garrida, que gosta de divertir-se, amante do luxo.
TAFULONA, adj. O mesmo que tafuleira.
TALA, s. Nervura do centro da folha de jerivá. Chibata improvisada com a tala do jerivá ou qualquer vara flexível.
TALHO, s. Ferimento. || Em sentido figurado, aparte, "Dálicança a um talho?”
TALUDO adj. Crescido, grande, desenvolvido.
TAMBEIRA, s. e adj. Novilha mansa, ou filha de vaca mansa.
TAMBEIRO, s. e adj. Diz-se de ou o animal vacum manso, aquerenciado perto da casa, ou filho de vaca mansa das de tirar leite. Boi novo destinado a ser amansado para o trabalho da lavoura.
TAPADO, adj. Diz-se do animal cavalar ou muar de pelame escuro, sem nenhuma mancha.
TAPEAR, v. Guiar o cavalo, quando montado, sem freio, por meio de tapas dados ora em um, ora em outro lado do pescoço.
TAPEJARA, s. e adj. Vaqueano, conhecedor de caminhos, guia; prático, perito, conhecedor de determinado assunto.
TAPERA s. Casa de campo, rancho, qualquer habitação abandonada, quase sempre em ruínas, com algumas paredes de pé e algum arvoredo velho.
TARCA, s. Pedaço de pau ou de couro no qual se assinala, com pequenos cortes, o número de reses marcadas durante o dia.
TARUMÃ, s. Árvore do campo (Vitex montevidensis), de pouco desenvolvimento, de cerne muito rijo e de bela copada.
TATA, s. Papai, papá, tatá.
TAURA, s. e adj. Diz-se de ou o indivíduo valente, arrojado, destemido, valoroso, forte, guapo, resistente, enérgico, folgazão, expansivo, perito em algum assunto, que está sempre disposto a tudo.
TAVA, s. O mesmo que jogo do osso. O osso com que se pratica esse jogo. Diz-se também, taba.
TEATINO adj. Diz-se do cavalo, ou de outro animal, ou de objeto, que não tem dono, ou de que se desconhece o dono. || Aplica-se à pessoa que anda fora de sua terra, longe de sua querência, como animal sem dono.
TEMPÃO, s. Muito tempo. Longo período de tempo.
TENÊNCIA, s. Cuidado, precaução, perseverança, cautela, prudência, jeito, tino, costume, hábito.
TENTEIO, s. Ato de tentear, de economizar. || A direção, o governo das rédeas do animal de montaria.
TENTO s. Tira fina de lonca que é empregada para costurar couro, para fazer botões e passadores, para atar alguma coisa, e para muitos outros fins. Tira de couro cru utilizada para a feitura de laços, sovéus, tamoeiros, relhos, qualquer aparelho trançado, e inúmeros outros usos.
TERCEROLA, s. Arma de fogo usada pelos soldados de cavalaria, a qual é um terço mais curta do que a carabina.
TERNEIRA, s. Vitela, a cria da vaca até dois anos de idade. Fem. de terneiro.
TERNEIRO, s. A cria da vaca até a idade de um ano. Bezerro, novilho.
TERNO, s. Grupo de três campeiros que nos rodeios ou mangueiras fazem o serviço de marcação do gado.
TERREIRO s. Local sem vegetação ao redor das casas de campanha.
TESO s. Terreno mais alto junto à barranca do rio. || (Gir.) Pronto, sem dinheiro.
TESTAVILHAR, v. Tropeçar, escorregar, quase cair.
TIÇÃO, s. Denominação pejorativa dada às pessoas decor.
TIRADOR, s. Espécie de avental de couro macio, ou pelego, que os laçadores usam pendente da cintura, do lado esquerdo, para proteger a roupa e o corpo do atrito do laço.
TIRANA, s. Cantiga e dança popular, acompanhada de viola. Variedade do fandango. || Descompustura, xingamento.
TIRANTE Peça de madeira, maior do que o caibro, empregada para a construção de casas e pontes. || adj. Semelhante a, parecido com, com jeito de: "O pêlo baio é tirante à cor do linho encardido", ou seja, semelhante à cor do linho encardido.
TIRÃO, s. Puxão brusco, golpe repentino, empuxão. Golpe inesperado que se dá no animal puxando bruscamente o laço ou o cabresto.
TIRIRICA, s. Planta do banhado, com folhas como as do capim, porém mais largas e ásperas.
TIRO, s. Distância a ser percorrida pelo cavalo em uma cancha de carreiras.
TIRO-DE-BOLAS, s. Ato de atirar as boleadeiras sobre o animal.
TIRONEADO, adj. Abalado, maltratado, perseguido.
TIRONEAR, v. Dar puxões ou tirões nas rédeas do animal para obrigá-lo a obedecer.
TOBIANO, adj. Diz-se do cavalo cujo pêlo escuro apresenta grandes manchas, em geral brancas, com ele formando contraste.
TOCADA, s. Corrida de experiência a que se submete um parelheiro que está para correr. A tocada serve para se tirar o tempo do animal, ou seja, medir-lhe a velocidade. || Ato de tanger o gado.
TOCAR, v. Conduzir, repontar, levar por diante: "Tocamos o gado até perto do coxilhão".
TOPADOR, s. e adj. Indivíduo que topa qualquer parada, que aceita qualquer desafio.
TOPAR, v. Aceitar proposta, convite, desafio. Concordar.
TOPE s. Espécie, qualidade, jaez, laia.
TOPETUDO, s. e adj. Diz-se de ou o animal que tem grandes crinas que lhe caempela testa. || Diz-se de ou o indivíduo arrogante, audacioso, rústico, grosseiro, poderoso, valente, destemido.
TORA, s. Conversa breve. || Sesta, cochilo. || Briga.
TORCICÃO, s. Torcedura, torção.
TORDILHO adj. Diz-se do cavalo cujo pêlo tem a cor do toldo, ou seja, fundo branco encardido salpicado de pequenas manchas mais ou menos negras.
TORENA s. e adj. Homem elegante, bem trajado, guapo, valente, forte, audaz, destemido, hábil em algum senhor.
TORENADA, s. Porção de torenas. Os torenas.
TORUNO, s. e adj. O mesmo que touruno.
TOSA s. Tosquia tosa esquila.
TOSAR, v. Submeter o animal ao toso.
TOSO s. Ato de cortar a crina do cavalo.
TOSTADO, adj. Diz-se do cavalo cujo pêlo é semelhante ao alazão, porém mais escuro.
TOUREAR, v. Provocar, desafiar, desconsiderar, insultar, afrontar, zombar. || Namorar.
TOURO, s. Bovino macho, não castrado, plenamente desenvolvido.
TOURUNO, s. e adj. Boi castrado depois de adulto, que conserva o aspecto do touro. Boi mal castrado que ainda procura as vacas. || Valentão, destemido, corajoso, respeitável, taura, cutuba.
TRABUZANA s. Indivíduo destemido, valente, brigador, audaz, desabusado, alarife, ventana, torena, taura, sacudido, disposto, capaz de tudo, sem temer a coisa alguma.
TRAGADA, s. Chupada de fumaça do cigarro que é levada até o pulmão. Ação de tragar.
TRAGO, s. Pequeno copo de aguardente.
TRAGUEAR, v. Tomar bebidas alcoólicas.
TRAÍRA, s. Faca, facão.
TRANÇA s. Maneira de tratar o cabelo, a crina, os tentos e outros materiais.
TRANÇAR, v. Fazer trança. || Contratar, atar, ajustar, alinhavar. || Intrigar, enredar.
TRANCO, s. Andadura natural do animal de montaria, não apressada. Passo largo, firme e seguro, do cavalo ou do homem.
TRANQUITO, s. Diminutivo de tranco.
TRAQUITANDA, s. Porção de coisas misturadas, em desordem.
TRAVESSÃO, s. Parte da cincha, constituída de peça retangular de couro, com uma argola em cada extremidade.
TREMEDAL, s. Atoladouro, brejo, pântano, manancial.
TREPADA, s. Terreno em aclive, subida. Ato de subir.
TRÊS-MARIAS, s. Boleadeiras.
TREVAL, s. Terreno onde há trevo em abundância.
TRINQUE s. Bebida. || Requinte, elegância, esmero.
TRIPA GROSSA, s. O grosso intestino da rês, apreciado como assado. É usado, também, cozido com feijão.
TRISTE adj. Ruim, ordinário.
TRISTURA, s. Tristeza, abatimento. É termo muito usado em relação a animais que estão doentes, mas também se emprega em referência a pessoas.
TROCAR ORELHA, expr. Mover o cavalo as orelhas para diante e para trás, trocando-as de posição, por desconfiança de que há algum perigo iminente ou vai ocorrer alguma coisa estranha, que ele procura descobrir o que é mantendo-se atento ao menor ruído.
TROMPETA, s. Indivíduo ruim, ordinário, desprezível, safado, velhaco.
TRONAR, v. Troar, atroar, retumbar.
TROPA, s. Grande porção de animais em marcha de um ponto para outro. A tropa pode ser de gado bovino, éguas, de mulas, de cargueiros, e de outros animais.
TROPEADA, s. Ato de tropear. Caminhada com a tropa.
TROPEAR, v. Exercer a profissão de tropeiro.
TROPEIRO, s. Condutor de tropas, de gado, de éguas, de mulas, ou de cargueiros.
TROPILHA, s. Conjunto de cavalos do mesmo pêlo, que acompanham em uma égua-madrinha.
TROTE, s. Maçada, incômodo, vaia, trabalho, logro.
TROTEADA, s. Ato de trotear, caminhafa a trote, viajada, jornada.
TROTEAR, v. Trotar.
TROTE LARGO, s. Trote apressado, quase galope, do animal de montaria.
TRUCO, s. Jogo de baralho.
TUCO-TUCO, s. Pequeno mamífero roedor. Seu nome é onomatopeia do ruído que ele faz quando cava o chão ou quando anda espairecendo. Também diz simplesmente tuco. || O buraco ou toca feita pelo tuco-tuco.

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Q

QUADRAR, v. Ser apropriado, sentar, servir.
QUADRAR-SE A VOLTA, expr. Propiciar-se a ocasião. Oferecer-se a oportunidade.
QUADRILHA, s. Grupo ou lote de animais cavalares de pelos diferentes, que costumam andar juntos, acompanhando a égua-madrinha.
QUEBRA s. e adj. Indivíduo atrevido, xucro, bravio. Aplica-se a pessoas e animais.
QUEBRALHÃO, s. e adj. Aumentativo de quebra.
QUEIMAR CAMPO, expr. Mentir, bravatear.
QUEIXADA, s. Variedade de porco-do-mato existente no Rio Grande do Sul.
QÜERA, s. e adj. Indivíduo destemido, guapo, forte, valente.
QUERÊNCIA, s. Lugar onde alguém nasceu se criou ou se acostumou a viver, e ao qual procura voltar quando dele se afasta.
QUERENDÃO, s. e adj. Animal que se habitua a uma nova querência. || Indivíduo melífuo para com as mulheres, amoroso, afetuoso, alegre, namorador, apaixonado, amante, enamorado, dengoso, mimoso. || Fem.: Querendona.
QUERO-QUERO, s. Ave pernalta caradriídea (Belonopterus cayennensis) que habita os campos do Rio Grande do Sul. Vive aos casais e, às vezes, em bandos de algumas dezenas. Tem essa ave ainda os nomes de téu-téu, tero-tero, teréu-teréu, e outros, que, porém, não são usados no Rio Grande do Sul.
QUINCHA, s. Teto de palha. Pequenos pedaços de coberta de palha que se unem uns aos outros para formarem a cobertura da casa ou da carreta.
QUINCHAR, v. Cobrir com quinchas.
R

 
RABICANO, adj. Rabicão. Diz-se do animal que tem a cauda escura entremeada de fios brancos.
RABICHO, s. Peça do arreamento que é colocada por baixo do rabo do animal e presa à sela, à cangalha, ao serigote.
RABIOSCAS, s. Garatujas, rabiscos, letras mal feitas.
RABO-DE-TATU, s. Relho grosso feito todo de couro trançado, com uma argola de metal ou de ferro na extremidade em que se segura.
RAIA, s. Cancha. Pista de corridas de cavalos. Cada um dos trilhos por onde correm os cavalos.
RAMADA, s. Cobertura de ramas à frente dos ranchos, à sombra da qual descansam os campeiros nas horas de sol ardente.
RANCHO, s. Casebre de pau a pique, coberto de santa-fé, com um couro como porta, onde moram peões ou gente pobre.
RASGADO, s. Toque de viola que se executa arrastando as unhas sobre as cordas, sem ponteá-las.
RASTEIRA, s. e adj. Diz-se da erva que dá rente ao chão.
RASTREAR, v. Seguir a caça pelo rastro.
REATAR, v. Arreatar, atar bem, atar com muitas voltas.
REBENCAÇO, Golpe dado com o rebenque. O mesmo querebencada.
REBENQUE, s. Chicote curto, com o cabo retovado, com uma palma de couro na extremidade. Pequeno relho.
REBOLEAR, v. Dar movimento de rotação ao laço ou à boleadeira a fim de lançá-los sobre o animal que se pretende prender.
REBOLEIRA, Touceira de ervas ou de arbustos.
REBOLQUEAR-SE, v. Rolar o animal pelo chão, fazendo movimentos com a intenção de libertar-se da armada que o prende.
RECAU, s. O mesmo que recaus.
RECAUS, s. Arreios de montaria.
RECAVÉM, s. Parte posterior do leito do carro ou carreta. || Traseiro, bunda, nádegas.
RECOLHIDA, s. Ato de recolher, ou seja, de trazer o gado para o curral ou mangueira.
RÉDEA, s. Este vocábulo, clássico da língua, é empregado nas seguintes expressões gauchescas: A meia rédea, bancar nas rédeas, bom de rédeas, dar rédea, de rédea no chão, redomão de rédeas.
REDEMOINHO, s. Ato de redemoinhar. Círculo contínuo que o gado inquieto começa a percorrer no rodeio ou em tropa.
REDEPENTE, s. Repente, ímpeto, relance.
REDOMÃO s. Cavalo novo que está sendo domado.
REFILÃO, s. Raspão. Lance difícil, apertura, agitação.
REFOLHAR, v. Bater com os pés no chão repetidamente.
REFUGAR, v. Escapar-se, esquivar-se, fugir o animal à entrada da mangueira ou curral.
REGALO, s. Presente, brinde. Objeto vistoso, bonito.
REGEIRA, s. Corda de couro que se prende à orelha dos bois de carreta ou do arado, para guiá-los.
REIÚNO, adj. Pertencente ao Estado, antigamente ao rei. Assim, cavalo ou animal reiúno é o que pertence à Nação, e tem, para distingui-lo dos demais, a ponta de uma das orelhas, em geral à direita, cortada.
RELANCINA, s. Relance, repente, rapidez, velocidade. É usado na locução adverbial de relancina, que significa repentinamente, de relance.
RELHO, s. Chicote com cabo de madeira.
RENGO, adj. Diz-se do animal ou da pessoa que manqueja de uma das pernas. Coxo.
REPONTAR, v. Tocar o gado por diante de um lugar para outro. || Correr, nas carreiras de cavalos, um dos corredores, logo atrás do parelheiro adversário, como se fosse o repontando, isso é, tocando por diante.
RÊS, s. Animal vacum.
RESSOLANA, s. Soalheira. Sol forte que aparece intermitentemente nos dias de chuva.
RESSOLHADOR, adj. Diz-se do animal que respira com dificuldade quando anda, emitindo um som característico nas vias respiratórias. || Diz-se do cavalo que se ofusca com o sol muito forte.
RESTINGA, s. Mato constituído de árvores de pequeno porte, nas baixadas, à margem de rios, arroios ou sangas.
RETAÇO, adj. Diz-se do homem ou animal de pequena altura, porém entroncado e forte. Baixote, atarracado, cheio de corpo.
RETALHADO, s. e adj. Diz-se do garanhão em que foi praticada uma operação que não lhe permite fecundar as éguas. Serve apenas para mantê-las reunidas e despertar-lhes o cio que facilita o trabalho do reprodutor, geralmente um burro-choro.
RETOUÇAR, v. Faceirar, namorar, brincar.
RETOVAR, v. Cobrir, vestir com couro. Envolver com couro objetos de uso campeiro. Assim, diz-se retovar as bolas, um cabo de relho, o cabo de uma faca, etc.
RETOVO, Envólucro, cobertura de couro que é costurada sobre alguns objetos campeiros, como sejam cabos de relho, bolas, cabos de faca, etc.
RETROVIR, v. Recuar, regressar, voltar ao ponto de partida.
REÚNO adj. O mesmo que reiúno.
REVIRA s. Agitação, tumulto, barafunda, barulho.
RINCÃO, s. Ponta de campo cercada de rios, matos ou quaisquer acidentes naturais, onde se podem pôr os animais a pastarem com segurança.
RINCONADA, s. Rincão.
RIO GRANDE, s. Antiga denominação do Estado do Rio Grande do Sul.
RISCADA, s. Movimento rápido a cavalo, disparada.
RISCAR, s. Movimento rápido a cavalo, disparada.
ROCINAR, v. Tornar o animal bem manso e obediente à ação das rédeas, em complementação à doma.
RODADA, s. Queda do animal de montaria, para frente, quando vai a trote ou a galope.
RODADO, s. Conjunto de rodas de qualquer veículo. Um par de rodas de um veículo. || Um queijo circular em forma de roda.
RODAR, v. Cair para frente o animal de montaria quando a trote ou a galope.
RODEIO, s. Lugar no campo de uma estância onde habitualmente se reúne o gado para contar, apartar, examinar, marcar, assinalar, castrar, vacinar, dar sal, curar bicheiras, etc.
RODELA, s. Mentira, patranha.
RONDA s. Serviço de vigilância a que se submete a tropa de gado nos pousos ou sesteadas. Vigília, pastoreio.
ROR DE, expr. O mesmo que um rol de.
ROSETA, s. Peça móvel da espora, constante de roda dentada, que serve para picar o animal.
RUANO, adj. Diz-se do cavalo de pêlo alazão-claro, com a crina e a cola de cor amarelo-clara, quase branca, ou branca.
RUFAR, v. Fazer tropel. Correr para dispara em direção a.
RUFIÃO, s. Cavalo inteiro, destinado à reprodução. Garanhão, pastor. || Figuradamente, indíviduo dado a namoro, femeeiro.
RUMEAR, v. Rumar, tomar caminho, tomar direção.
RUSGAR, v. Brigar, provocar, fazer rusgas, resmungar.
RUSSILHONAS, s. e adj. Botas de cano comprido, próprias para montaria. || Botas de cano alto, de couro amarelo ou amarelado.

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O

OCHE, interj. Expressão usada pelos carreteiros para fazer os bois da carreta parar ou diminuírem a marcha.
OIGALÊ, interj. Exprime admiração, espanto, alegria.
OLHADA, s. Ação de olhar, reparo.
OLHO-D'ÁGUA, s. Manancial, vertente.
OMBRUDO, adj. Que tem ombros largos, espadaúdo.
ONÇA, s. Moeda antiga, de ouro.
OOCHE, interj. O mesmo que Oche!
ORELHANO, s. e adj. Animal sem marca nem sinal.
ORRE DIACHO, interj. Exprime satisfação por ter acontecido algo de mal a um adversário ou a um inimigo.
OVADO, adj. Diz-se do cavalo que tem ovas ou inchações, proveniente da dilatação de certas membranas entre a pele e os ossos ou cartilagens.
P


PABULAGEM, s. Pedantismo, gabolice, vanglória, impostura.
PAGO, s. Lugar em que se nasceu o lar, o rincão, a querência; o povoado, o município em que se nasceu ou onde se reside.
PAISANO adj. Do mesmo país. || Amigo camarada. || Camponês não militar.
PAJONAL, s. Pantanal, banhado extenso.
PALA, s. Poncho leve, feito em geral de brim, vicunha ou seda, de feitio quadrilátero, com as extremidades franjadas. Usa-se enfiado ou em torno do pescoço, como cachecol.
PALANQUE, s. Esteio grosso e forte cravado no chão, com mais de dois metros de altura e trinta centímetros aproximadamente de diâmetro, localizado na mangueira ou curral, no qual se atam os animais, para doma, para cura de bicheiras ou outros serviços.
PALETA, s. Omoplata ou espádua do animal. O mesmo que pá. Aplica-se também às pessoas.
PALETADA, s. Choque com a paleta. Arremetida, investida, impulso.
PAMPA s. Denominação dada às vastas planícies do Rio Grande do Sul e dos países do Prata, cobertas de excelentes pastagens, que servem para criação de gado, principalmente bovino, cavalar e lanígero.
PAMPEANO, adj. Relativo ao pampa, pertencente ao pampa. O mesmo que pampiano.
PANDILHA, s. Bando, grupo, quadrilha de malfeitores ou de animais.
PARADISTA, adj. Fanfarrão, blasonador, prosa, presunçoso, pomadista.
PARADOURO, s. Lugar onde habitualmente o gado manso passa a noite, em geral próximo à casa da estância. Var.: Parador.
PARAR PATRULHA expr. Resistir a uma agressão. Responder a uma ofensa.
PARCERIA, s. Grupo de parceiros de jogo.
PARELHEIRO, s. Cavalo preparado para a disputa de carreiras. Cavalo de corrida.
PARELHO adj. Diz-se do campo que se estende sem ondulações. Liso, plano, sem asperezas.
PARENTALHA, s. Parentela. Os parentes.
PARRANDA, s. Associação de velhacos organizada para burlar os incautos.
PASSADOR, s. Peça de tentos traçados em forma de anel ou de pequeno canudo, que serve para juntar partes dos aperos de cabeça, do peitoral, de maneia, do rabicho, dos loros, etc.
PASSARINHEIRO, adj. Diz-se do animal de montaria que, andando na estrada, se assusta de qualquer coisa, priscando para os lados. Assustadiço, cheio de sestros.
PASSO, s. Lugar no rio ou no arroio onde costumam passar os viajantes, a cavalo, a nado, a bola pé, ou embarcados.
PASTOR, s. Garanhão. Cavalo inteiro reservado para fecundar as éguas.
PASTOREIO, s. Lugar em que se pastoreia ou pastoreja o gado. O gado submetido a pastoreio.
PASTOREJAR, v. Pastorear. || Em sentido figurado, cortejar, requestar.
PATACÃO, s. Antiga moeda de prata no valor de dois mil réis.
PATALEAR, v. Espernear, patear, dar com as patas.
PATRÍCIO s. Coestaduano.
PEALO, s. Ato de arremessar o laço e por meio dele prender as patas do animal que está correndo e derrubá-lo.
PEÃO, s. Homem ajustado para o trabalho rural. Conchavado. Empregado para condução de tropa.
PECHADA, s. Choque, encontrão, colisão. Golpe dado com o peito. Embate entre dois cavaleiros que correm em direções opostas. Embate de um cavaleiro com um animal, com uma árvore, com uma cerca, com qualquer coisa.
PÉCORA, s. Moça namorada, rapariga leviana.
PEÇUELOS, s. Espécie de alforje duplo, de couro ou de lona, usado na garupa do cavalo, em que o viajante conduz roupas e outras utilidades.
PÉ-DE-AMIGO, s. Sistema de peia do animal cavalar ou muar que consiste em passar-lhe, pelo grosso do pescoço, junto às cruzes, um laço, maneador ou outra corda, em que se dá um nó pelo qual corre uma laçada que vai prender uma das patas traseiras e levantá-la a um palmo ou dois de altura, deixando o animal apoiado apenas em três pés, o que lhe dificulta os movimentos e o impossibilita de dar coices.
PÉ-DE-CHUMBO, s. Designação depreciativa dada aos portugueses.
PEGADO, adj. Diz-se do animal preso à soga ou cabresto, ou em estrebaria ou piquete, pronto para ser utilizado a qualquer momento.
PELANCA, s. Pele flácida, pelhanca. || Veterano.
PELEGO, s. Pele de carneiro ou de ovelha, de forma retangular, com a lã natural, que se coloca sobre os arreios, para tornar macio o assento do cavaleiro.
PELEIA, s. Peleja, pugilato, contenda, briga, rusga, disputa, combate, luta entre forças beligerantes.
PÊLO, s. Pelagem, pelame. A cor do pêlo dos animais.
PENCA, s. Carreira em que tomam parte muitos animais. Califórnia. || Grande quantidade.
PENDER, v. Mudar a direção da marcha.
PENICAR, v. Pinicar, beliscar, cutucar, ferir o cavalo com a roseta da espora.
PENTE FINO, s. e adj. Indivíduo velhaco, finório, manhoso, ladino, espertalhão, pouco escrupuloso, que de tudo tira proveito.
PEONADA, s. Grande número de peões. O conjunto de peões de uma estância, de uma tropa, de uma empreitada de obra.
PEQUENITATE, adj. Muito pequenino.
PERDIDAÇO, adj. Superlativo de perdido.
PERNETEAR, v. Mancar, claudicar, coxear, pernear, espernear, patalear.
PESADO, s. adj. Diz-se do indivíduo importante, poderoso, conceituado, respeitado. || Azarado.
PETIÇO, s. Cavalo pequeno, curto, baixo. || Por extensão, pessoa de pequena estatura.
PIÁ, s. Menino, guri, caboclinho.
PIAVA s. Piaba. Peixe muito apreciado pelo seu sabor.
PICAÇO, adj. Diz-se do cavalo de pêlo escuro com a testa e as patas brancas.
PICADA, s. Caminho, geralmente estreito, que se faz no mato, para trânsito de cavaleiros ou de viaturas rústicas.
PICANA, s. Aguilhada. Vara comprida, com um prego na ponta, usada para conduzir e para ferroar os bois de tração.
PICANHA, s. Parte posterior e lateral da região lombar de rês. Anca do animal vacum ou cavalar.
PICUMÃ, s. Fuligem que se acumula sob o teto dos galpões ou das cozinhas de chão.
PIGUANCHA, s. China, chinoca, caboclinha, moça, rapariga. || Mulher de vida fácil.
PINGAÇO, s. Aumentativo de pingo. Cavalo vistoso, bom e bonito.
PINGO, s. Cavalo bom, corredor, bonito, vistoso, fogoso, árdego.
PIOLA, s. Cordão, barbante, pedaço de corda.
PIPOCAR, v. O mesmo que pipoquear.
PIPOQUEAR, v. Arrebentar, estalar como pipoca. Crepitar. O mesmo que pipocar.
PIQUETE, s. Pequeno potreiro, ao lado da casa, onde se põe ao pasto os animais utilizados diariamente. || Animal que é mantido preso para ser encilhado a qualquer momento.
PITAR, v. Fumar.
PITO, s. Cigarro. || Ralho, carão, advertência.
PLANCHAÇO, s. Pancada dada de prancha com o facão, a adaga ou a espada.
PLANCHADOR, adj. Animal que se plancheia, ou cai de lado com facilidade.
PLANCHEAR, v. Cair o cavalo de lado com o cavaleiro. Levar uma planchada (queda).
PLATA, s. Prata, dinheiro. É termo espanhol.
POBRERIO, s. Porção de pobres. A classe pobre.
PODRE DE MANSO, expr. Diz-se do animal muito manso, de toda a confiança.
POLCA DE DAMAS, s. Polca em que as mulheres escolhem seus pares.
POLCA-MANCADA, s. Antiga polca, dançada principalmente no campo, acompanhada de cantingas.
POLVADEIRA, s. Poeirada, nuvem de pó, grande quantidade de poeira.
POLVARIM, s. Polvarinho, polvorinho, polvorim.
PONCHADA, s. Pancada com o poncho. || Grande quantidade de dinheiro ou de objetos.
PONCHO, s. Espécie de capa de lã, de forma retangular, ovalada ou redonda, com uma abertura no centro, por onde se enfia a cabeça.
PONTA, s. Pequena porção de animais.
PONTAÇO, s. Pontoada, golpe ou ferimento com a ponta da faca, da adaga, do facão, da espada, da bengala, ou de qualquer outro instrumento.
PONTA DE GADO, s. Pequena quantidade.
PONTEIRO, s. O campeiro que vai à frente da tropa para regular-lhe a marcha e guiá-la no caminho a seguir.
PORONGO, s. Cuia.
PORQUERIA, s. Porcaria, coisa nojenta.
PORTEIRA, s. Cancela portão de entrada para propriedades rurais, mangueiras, lavouras, invernadas, potreiros.
POSTEIRO, s. Agregado de estância que mora geralmente nos limite do campo, o qual é incumbido de zelar pelas cercas, cuidar do gado, não permitir invasão de estranhos, ajudar nos rodeios e executar outras tarefas.
POSTO, s. Local da estância onde mora o posteiro.
POTRADA, s. Uma porção de potros.
POTREIRO s. Campo de pequena área, cercado, maior que o piquete e menor que a invernada, próximo à estância, com pastagem e aguada, no qual se guardam os animais utilizados diariamente, ou os que estejam necessitando de cuidados especiais.
POTRO, s. Cavalo novo ou não, ainda xucro ou com apenas alguns galopes. Poldro.
POUSADA, s. Pernoite, pouso.
POUSAR, v. Pernoitar. || Descansar o pássaro depois de voar.
POUSO, s. O mesmo que pousada. Pernoite. O lugar onde se pernoita.
POVARÉU, s. Multidão de pessoas.
POVO, s. Vila aldeia, povoação, lugarejo, aglomerado de casas de moradia.
PRA MODE, expr. Para, devido a, por causa de, com o fim de.
PREGAÇO, s. Pregada.
PRENDA, s. Jóia, relíquia, presente de valor. || Em sentido figurado, moça gaúcha.
PRENDISTA, s. Fabricante de prendas.
PREPAROS, s. Aperos, arreios. Peças que formamo arreamento do animal de montaria, de tração ou de carga. Os aparelhos de couro. A presilha é que liga o laço ao cinchador existente na argola direita do travessão da cincha.
PRISCO, s. Ato de priscar. Pulo, desvio, fuga com o corpo, negaça, salto para o lado, para não ser pego.
PRO CASO, loc. adv. Aliás. Diga-se de passagem. Por sinal. Para encurtar o caso. Finalmente. Para terminar. Para pôr o ponto final na história. O mesmo que pro causo.
PUAVA, s. e adj. Animal espantadiço, arisco, aruá, fuá, indócil, buzina, brabo, mau, manhoso, bravio.
PULPERIO, s. Dono de pulperia. Taverneiro.

 

 

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M

MACANUDO, adj. Bom, superior, poderoso, forte, prestigioso, inteligente.
MACEGA, s. Arbusti rasteiro que viceja em geral os campos de má qualidade. Pastagem. Capim alto.
MACEGAL, s. Terreno coberto de macegas.
MACETA adj. Diz-se dos animais cavalares e muares que apresentam os machinhos mais grossos que de ordinário, o que lhes dificulta a marcha.
MACHINHOS, s. A parte fina dos pés dos animais cavalares e muares, logo acima dos cascos. (Também é usado no singular).
MACOTA, adj. Grande, alto, poderoso, influente, numeroso, vultoso, macanudo, bom de qualidade, superior em qualquer sentido.
MADUZÁRIO, adj. Bastante maduro idoso.
MAIORAL, s. O boleeiro da diligência; o capataz da tropa ou da estância.
MALEVA s. e adj. Bandido, malfeitor, malfazejo, desalmado, perverso, desapiedado, malévolo, mau, genioso, velhaco, cruel, de maus instintos.
MALEVAÇO, s. e adj. Aumentativo de maleva.
MALMEQUER, s. Planta do campo, da família das Compostas, que dá flores amarelas (Aspilla SP).
MALOCA s. Bando de malfeitores, de salteadores, de gente de má vida.
MAL PARADO, expr. Perigoso, difícil, ameaçador.
MAMANGAVA, s. Espécie de grande vespa, muito venenosa, cuja picada produz dor intensíssima, calafrios e febre.
MANADA, s. Magote de éguas ou burras, ordinariamente de trinta a cinquenta acompanhadas por um garanhão ou um burro-choro, destinadas à reprodução.
MANANCIAL s. Sumidouro, tremeda, Paul, pântano.
MANANTIAL, s. O mesmo que manancial.
MANAPANÇA, s. Espécie de beiju espesso feito de farinha de mandioca e temperado com açúcar e erva-doce.
MANCADA, s. O mesmo que polca mancada.
MANCARRÃO, s. e adj. Cavalo velho, sem valor, quase imprestável. O mesmo que pilungo e matungo. || Cavalo bom.
MANCHADO, adj. Diz-se do pêlo do animal vacum ou cavalar que, sobre determinado fundo, apresenta zonas de outra cor.
MANDA-TUDO, s. Manda-Chuva, pessoa de grande influência.
MANEADO, adj. Diz-se, em sentido figurado, de pessoa embaraçada, sem iniciativa.
MANEADOR s. Tira de couro cru bem sovado, de dois dedos de largura por seis braças de comprimento, mais ou menos, que o campeiro conduz no pescoço do animal ou em baixo dos pelegos, para servir de soga durante as paradas em viagem. || adj. Diz-se do que maneia, ou prende o animal com maneia.
MANEAR, v. Prender com maneia ou com qualquer corda.
MANEIA, s. Peça constituída de pedaços de couro, ligados por uma argola, que serve para prender uma à outra as patas do animal, a fim de que este não possa fugir.
MANGA, s. Linha formada de pessoas a pé ou a cavalo para obrigar o gado a passar por determinado ponto ou fazê-lo entrar para a mangueira.
MANGANGÁ, s. O mesmo que mamangava.
MANGUEAR, v. Guiar o gado na travessia de algum rio, flanqueando-o a cavalo ou de canoa. || Conduzir, andando-lhe no flanco, o gado na direção da mangueira, do rodeio, de uma aguada ou do grosso da tropa.
MANGUEIRA, s. Grande curral construído de pedra ou de madeira, junto à casa da estância, destinado a encerrar o gado para marcação, castração, cura de bicheiras, aparte e outros trabalhos.
MANOTEAR, v. Dar manotaços. || Pegar, segurar, agarrar rapidamente qualquer objeto.
MARCA s. Instrumento de ferro usado pelos estancieiros para marcar seu gado a fim de diferenciá-lo do de outras estâncias.
MARCAÇÃO, s. Ação de marcar os animais de uma estância. Reunião de campeiros para a realização do trabalho de marcar o gado.
MASCAR, v. Mastigar.
MATADURA, s. Ferida no lombo do cavalo, proveniente do mau uso dos arreios. O mesmo que mata.
MATE, s. Infusão de erva-mate (Ilex paraguayensis, St. - Hil.) preparada em cuia de porongo e sorvida por meio da bomba.
MATE-AMARGO, s. O mesmo que mate-chimarrão. Chimarrão, amargo, verde.
MATUNGO, s. Cavalo velho, ruim, imprestável. O mesmo que pilungo, sotreta, urucungo, mancarrão.
MATURRANGO, s. Indivíduo que monta mal a cavalo, que não entende dos trabalhos de campo.
MAULA, adj. Ruim, pusilânime, mau, covarde, tímido, medroso, frouxo, mole, fraco, ordinário, sem préstimo, sem energia.
MECHIFLARIAS, s. Quinquilharias, bugigangas, coisas sem valor.
MEIA-DOBLA, s. Moeda que vale a metade da dobla ou dobra.
MEIA-LUA s. Sinal com forma de um crescente, localizado na testa de alguns animais.
MEIA-RÉDEA adj. Diz-se da andadura do cavalo com velocidade maior do que a do galope ordinário, porém menor do que a de carreira. Diz-se, ainda, da viagem apressada, acelerada.
MEIO, s. Meio-real. Cem réis, ou seja, metade do valor da moeda oriental que correspondia a duzentos réis, dois tostões.
MELADO, adj. Diz-se do cavalo que tem o pêlo e a pele brancos. Albino.
MEMÓRIA, s. Jóia, anel.
MENEAR, v. Dar golpes com a mão. Executar qualquer coisa com as mãos. Manejar.
MIANGO, s. Pequena porção, pedacinho.
MILES, adj. Milhares, grande quantidade.
MILICAMA, s. Grupo de milicos. Milicada.
MILICO, s. Soldado, militar, policial, miliciano, de qualquer classe ou posto.
MILONGAGEM, s. Dengue, manha, requebro, pieguice.
MILONGUEIRO, s. e adj. Cantador de milongas. || Manhoso, dengoso, labioso, piegas, jeitoso para enganar os outros.
MINIGÂNCIAS, s. Miudezas, tarecos, bugigangas, quinquilharias, ninharias, restos, coisas sem importância.
MINUANO, s. Indígena dos minuanos, tribo que antigamente habitava o sudoeste do Rio Grande do Sul; relativo aos minuanos. || Vento frio que sopra do sudoeste, no inverno. Vem dos Andes, passando pela região onde habitavam os índios minuanos, dos quais tomou o nome. O minuano purifica a atmosfera, dissipa as nuvens, enxuga as estradas, e prenuncia tempo firme e seco. Sua duração é geralmente de três dias.
MIRIM, s. Pequena abelha silvestre da região serrana, que fabrica excelente mel, com propriedades medicinais. É desprovida de ferrão e faz sua colmeia em ocos de árvores, em cavidades nas paredes das casas e até em buracos no solo. || Nome do mel fabricado pela abelha mirim.
MIRONES, s. Especuladores.
MISSIONEIRO s. e adj. Indígena das antigas missões jesuíticas. || Habitante da região Missioneira do Estado. || Relativo às missões.
MITRADO adj. Esperto, finório, astucioso, manhoso, sagaz, vivo, atilado.
MIUDAGEM, Porção de objetos de pouco valor, de coisas miúdas, de restos de mercadorias que estão em liquidação. Gado miúdo, em geral gado de cria, terneirada. Grupo de miúdos, com a significação de meninos, guris, garotos, crianças.
MIÚDO s. Menino, guri, garoto, criança. || Animal pequeno.
MIXE adj. Apoucado, enfezado, pequeno, pífio, ruim, insignificante, ordinário, desprezível, sensaborão, de má qualidade.
MOÇADA, s. Grupo de jovens. Rapaziada.
MOCHO s. Uma raça de gado bovino, sem chifres ou com os chifres atrofiados. || Rês desprovida de chifres, de qualquer raça.
MOCOTÓ, s. Patas de bovino, sem cascos; o alimento preparado com essas patas.
MOGANGO, s. Fruto do mogangueiro, muito saboroso, que se come cozido ou assado, puro ou com outros alimentos, principalmente com carne ou leite.
MONDONGO DURO DE PELAR, expr. Coisa difícil de fazer.
MONTADO, adj. Diz-se do animal doméstico que se tornou bravio e vive no campo.
MORMAÇO, s. Quentura, calor intenso.
MOROCHA, s. Moça morena, mestiça, mulata, rapariga de campanha.
MORRENTE s. e adj. Moribundo, que está morrendo.
MORRUDO adj. Grande, volumoso, corpulento, grosso, bem criado, gordo, avultado, comprido, alto, fora do comum, muito numeroso.
MOTA, s. Presente que o negociante dá a seu freguês, depois de uma compra feita pelo mesmo.
MUCHACHO, s. Rapaz, moço. || Suporte em que descansa o cabeçalho ou a parte traseira da carreta.
MUÇUM, s. Enguia do Brasil. || Em sentido figurado, pessoa de cor preta, negro.
MULITA, s. Espécie de tatu de pequeno porte, de carne muito saborosa.
MUNDÉU, s. Armadilha para apanhar caça. || Traição.
MUNHATA, s. Batata-doce.
MUSSITAR, v. Murmurar, segredar, cochichar.
MUTUCA s. Mosca grande, de picada dolorosa, que irrita os animais.

N


NACO, s. Naca. Pedaço de fumo ou de carne.
NAMBI, adj. Diz-se do animal cavalar ou muar que tem uma orelha, ou ambas, caída, cortada, enrolada, atrofiada, murcha, muito pequena.
NEGALHAS, s. Pequena porção, quantidade insignificante.
NHANDU, s. Nome tupi da ema e do avestruz.
NHANHÃ, s. Tratamento que os escravos davam às senhoras, principalmente às meninas e moças.
NINHAR, v. Andar procura de ninhos para lhes tirar os ovos.
NOMBRADA, s. Heroísmo, rasgo.
NÓ-REPUBLICANO, s. Modo de atar o lenço que os republicanos rio-grandenses de 1835 usavam como distintivo.
NUM VÁ, adv. Num instante, num pensamento, muito rapidamente, num abrir e fechar de olhos, num vu.

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H

HARAGANEAR, v. Andar solto o animal por muito tempo, sem prestar serviço algum, tornando-se arisco. || Em sentido figurado, aplica-se às pessoas, significando vadiar, gauderiar, vagabundear, andar sem ocupação, passear de um lado para outro sem procurar serviço.
HARAGANO, adj. Diz-se do cavalo que por haver estado durante muito tempo, sem prestar serviço, tornou-se arisco, espantadiço. || Em sentido figurado mandrião, velhaco, vagabundo, vadio, ocioso, preguiçoso, esperto, vivaracho, matreiro.
HARANGANO, adj. O mesmo que haragano.
HOM, interj. Hum!
HOSPE, s. Corruptela de hospede.

I


IBICUÍ, s. Afluente do rio Uruguai que nasce no município de Santa Maria, banha São Gabriel, Rosário, Alegrete e Uruguaiana, à esquerda, e São Pedro, São Vicente, São Francisco de Assis e Itaqui à direita.
IBIROCAÍ, s. Arroio, afluente do Ibicuí, da margem esquerda; fica entre os municípios de Alegrete e Uruguaiana.
ILHAPA, s. A parte mais grossa do laço, presa à argola, tendo de quatro a cinco palmos de comprimento.
IMBIRA, s. Arbusto de cuja casca se prepara cordas.
INCHUME, s. Inchaço, inchação, calombo, tumor.
INHÉ, s. Onomatopeia, designativa da voz dos sapos e das rãs.
INTÉ, prep. Até. Significa, também, "até logo", "até outra vista".
INVITE s. Convite. Convite para jogar. || Oferecimento de uma coisa.
ISQUEIRO, s. Aparelho para acender o cigarro, constituído de pequeno recipiente de guampa ou de porongo dentro do qual é colocada a isca, de pedra de fogo e de fuzil. O fuzil é, geralmente, um pedaço de lima.
IXE, interj. Indica desdém ou ironia.
J


JACUBA, s. Bebida-pirão que se prepara com água quente, farinha de mandioca e açúcar. Às vezes, a água é substituída por cachaça ou leite e o açúcar por mel.
JAGUANÉ adj. Diz-se do animal que tem o fio do lombo e a barriga brancos e o lado das costelas vermelho ou preto, donde o jaguané-vermelho e p jaguané-preto.
JAGUATIRICA, s. Carnívoro felídeo, também chamado maracajá e gato-do-mato-grande.
JANTAROLA, s. Jantará jantar, opíparo, banquete.
JARARACA, s. Nome de uma das mais venenosas cobras do Rio Grande do Sul (Botropus jararacae). || Mulher feia, faladeira, intrigante.
JERIVA, s. Jeribá. Espécie de palmeira existente em diversos pontos do Estado.
JUNTA, s. Parelha de bois mansos que puxam lado a lado.

L


LAÇAÇO, s. Pancada dada com o laço. Relhaço, guascaço, correada. Golpe dado com corda, vara ou qualquer outro açoite.
LAÇAR, v. Atirar o laço e por meio dele aprisionar ou apreender o animal, a pessoa ou o objeto sobre o qual ele é lançado. O mesmo que enlaçar.
LAÇO, s. Corda trançada de tiras de couro cru, de comprimento que varia entre oito e dezoito braças, ou seja, de dezessete a quarenta metros; é constituído de argola, ilhapa, corpo do laço e presilha. || Ponto inicial e final em carreiras de cavalos.
LADEADO, adj. Inclinado, pendido para um lado, de costado.
LADEAR, v. Desviar, contornar, tirar de frente.
LAGOÃO, s. Lagoa grande e profunda que se forma no curso das sangas.
LANÇAÇO, s. Golpe de lança, lançada.
LANÇANTE, s. Descida. Forte declive num cerro ou coxilha; qualquer terreno em declive.
LARGADO, adj. Diz-se do animal que, por muito quebra, por indomável, foi abandonado no campo, imprestável para os arreios. || Por extensão, aplica-se ao homem, com a significação de malévolo, turbulento, animoso, valente, corajoso, desordeiro, desabusado, inculto, irrecuperável, impossível de ser corrigido.
LARGO adj. Comprido.
LAVORAR, v. Lavrar, desenvolver-se, alastrar-se.
LE, pron. Lhe.
LÉGUA, s. Medida itinerária equivalente a 3.000 braças ou a 6.600 metros. O mesmo que légua ou sesmaria.
LERDO adj. Vagaroso, lento, pesadão, preguiçoso, molengão.
LEVADO DA BRECA, expr. Travesso, endiabrado, moleque, engraçado, manhoso, jocoso, alegre, divertido, satírico, ardiloso, velhaco, valente, brigão, forte, audaz, respeitável, temível, fértil em expedientes.
LEVADO DA CASQUEIRA, expr. O mesmo que levado da breca.
LEVANTAR, v. Adelgaçar, alevianar, preparar o cavalo para a carreira. || Retirar o gado do campo ou do lugar em que se encontra. || Crescer a pastagem de um campo.
LEVIANO adj. Leve, de pouco peso.
LIGAL, s. Couro cru de bovino com o qual se cobrem as cargas transportadas por animais, para protegê-las da chuva.
LIGAR, v. Estar com sorte no jogo, nos amores, nos negócios ou em qualquer outro assunto.
LINDAÇO, adj. Muito lindo. Fem.: lindaça.
LIVRETA, s. Livro pequeno ou caderno para anotações ou contas.
LOBUNO, adj. Diz-se do pêlo escuro acinzentado, do cavalo ou do vacum. O que tem cor de lobo.
LOMBA, s. Lombada. || Declive ou aclive das fraldas de pequenos morros ou de coxilhas baixas.
LOMBEAR-SE, v. Torcer o lombo, o animal meio arisco, quando é montado. || Retorcer o corpo por motivo de pancada recebida, de qualquer dor física ou de cócega.
LOMBEIRA s. Preguiça, modorra, moleza no corpo.
LOMBILHO, s. Denominação da peça principal dos arreios. É uma espécie de sela, muito semelhante ao serigote, usada no Rio Grande do Sul.
LOMBO-SUJO, s. Nome deprimente dado aos civis que tomaram parte em revoluções no Rio Grande do Sul, tanto ao lado do governo como contra este. Em 1893, os governistas davam esse apelido aos rebeldes. || Figuradamente, aplica-se a indivíduos reles, desprezível.
LONCA, s. Denominação dada à parte do couro do cavalar ou muar, tirada dos flancos, da região que vai da base do pescoço até às nádegas.
LONQUEAR, v. Preparar o couro, em geral do cavalo ou do muar, limpando-o e raspando-lhes os pelos, a fim de utilizá-lo depois para a feitura dos tentos, tranças, costuras, retovos. || Courear, no sentido de tirar o couro de animal morto no campo, de peste, magreza ou desastre. || Ganhar no jogo todo o dinheiro de alguém. || Surrar, espancar, esbordoar, ferir. || Matar.
LUNANCO, adj. Diz-se do cavalo que tem um quarto mais baixo do que o outro. || Aplica-se também a pessoas.


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Leia também: Confira as demais letras do dicionário



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